quarta-feira, agosto 11, 2004

O esqueleto da rotina diária

No 5° semestre da faculdade, escrevi um texto na aula de Antropologia, que fala a repeito do mundo de dentro das nossas casas e na rua. Ontem quando eu estava procurando um material no meio de toda a papelada e anotações q eu tenho a mania de guardar, o econtrei.
Lembrou-me um pouco aquele texto que a filha da Nicole Kidman (Grace) no filme "The Others", estava lendo deitada em frente a lareira. Não vou falar sobre esse clássico instantâneo hj, pq eu acho q esse filme merece um post inteiro.
Eu escrevi assim:
Rua - é o lugar do movimento, em contraste com a calma e a tranquilidade da casa, o lar e a morada.
Em casa, somos membros de uma familia, de um corpo fechado. O núcleo da casa é constituido por pessoas com o mesmo sangue e as mesmas tentências, onde todas as pessoas sabem do q vc gosta, do q vc não gosta, dos seus sentimentos e medos.
As tradições da familia, que todas as pessoas do grupo fazem questão de preservar. Coisas que na maioria das vezes os membros acabam agindo como uma só pessoa, que age unitária e corporativamente, como um individuo entre os outros. Dai a ideia da proteção das fronteiras da casa, sejam fechamentos das portas e janelas a noite. O grupo que ocupa uma casa, protege muito seus bens moveis, junto com isso, a proteção dos seus membros mais frágeis; crianças, mulheres e servidores, pois aqui no Brasil as casas possuem serviçais coisa pouco comum nos outroa países.
Dentro das nossas casas, somos insubstituiveis.
As pessoas da nossa casa, se preocupam com nosso bem estar e nos enxergam como pessoas. As casas são únicas, embora tenham basicamente os mesmo objetos (fogão, geladeira)cada uma tem uma personalidade diferente, na maneira de decorar, que diz muito sobre os habitantes desta. São detalhes que podem vir a partir de um livro na estante. Até mesmo as casas baratas, casas de vila construidas todas igualmente todas possuem algum diferencial, marcando a identidade do grupo que a ocupa.
Até os nossos animais de estimação dizem muito sobre nós. As plantas tmb. Tudo q esta dentro da nossa casa é belo, é o mais bonito e descente. Os nossos animais e plantas domesticas cumprem uma função simbolica, ja que não os criamos para come-los, por exemplo. Em casa não precisamos comprar, vender, competir, e a harmonia deve reinar sobre a confusão e a desordem.
Em casa, portanto, temos tudo e somos reconhecidos pelos nossos mais íntimos desejos.
A casa ordena um mundo à parte. A casa e a rua são mais do que meros espaços geográficos. São modos de se explicar e de falar do mundo.
Mas e a rua? a rua se move sempre no mesmo ciclo, e aquelas pessoas, as quais não conhecemos, chamamos de povo e massa. A rua é um lugar de luta, de batalha, q muitas vezes acontecem coisas contrárias da nossa vontade. Por isso dizemos "a dura realidade da vida". O fluxo da vida, com suas contradiçoes, durezas e surpresas, esta certamente na rua.
Passamos por muitas situações de nervosismo, como o simples fato de ser pego em um pardal, ou em uma blitz, ou medo das autoridades, que nos tratam como coisas sem nome e sem face. Não há consideração, amor, respeito e amizade. É um local perigoso (conforme ensinamos para os nossos filhos).
Também falamos que a comida da rua é venenosa e que caseira é boa. Até mesmos objetos e pessoas podem ser interpretados de maneiras diferentes estando na rua ou em casa.
Na rua, a autoridade não é mais o pai, ou a mãe, ou seja quem for da familia, mas sim a autoridade q governa a todos.
Esta sem final, eu escrevi ate aqui só... ehheheh. O entregue para a prof. Michele deve ter ficado com um colega meu. Mas o que eu quero reforçar, são os papeis que exercemos durante o show da vida. A cada momento agimos de modo diferente.
Mas além do mundo da casa e o da rua, poderíamos acrescentar tmb o mundo da internet. Dai as variações de papeis são infinitas...
Hj fico por aqui, não sei se sai "fora da casa".... rs.
beijos!!!!!!!!

7 comentários:

Anônimo disse...

Mari!

Legal, porém não sei se é bem assim, se dentro das casas existem essa harmonia e união. Talvez isso seja meio utópico, eu não vejo essa diferença, a gente percebe que as pessoas "vestem" identidades, mas às vezes as identidades são boas dentro de casa e ruins fora, e o contrário muitas vezes acontece, é mais fácil as pessoas mostrarem seu "lado mau" dentro de casa, o que não colabora para a união.

Acho que tudo isso é relativo.

beijos!

Anônimo disse...

eu me lembro desse texto. o andre passou a limpo pra ti no micro e entregou p/ bruxa da michele. aliás, a michele bem q daria um post bem engraçado.
beijos...
Muk´s.

Anônimo disse...

oi mari.
escreve sobre a michele... a gente ia rir muito.
beijo
Sheila

Anônimo disse...

maria clara!!! fiu-fiu!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
faz uma cara q eu não passo por aqui, nem tia visto teu blog novo!
sempre tem assunto, é de impressionar.
beijos!
André

Anônimo disse...

a imprevisibilidade da vida sempre foi um dos assunos que mais me fasciaram..e a rua eh o local onde o mundo respira.... acho queisso jah diz tudo neh?

eu assisi o retorno do rei ontem.....

mas naum goso do legolas .

soh do frodo e um pokinho do aragorn.

bjao

Anônimo disse...

ok, todo mundo lembra dessa: "Abençôa Senhor as famílias amém, abençôa senhor, a minha também...".
HAHAHA!!!Desculpa, mas podia deixar essa passar...
Beeecho,
Henrique.

Rodrigo Thor disse...

casa, familia...

estranho quando a gente mora só e a familia está distante..Ou quando a gente tem mais de uma casa, ou mais de uma familia. Sem dúvida existem muitas experiências distintas.

beijo.