quarta-feira, outubro 19, 2005

meninos e meninas


No filme "Cruel Intentions" de 1999, mostra a cena da personagem da Sarah Michelle Gellar ( Kathryn) ensinando Selma Blair (Cecile) a beijar. No cinema, se escuta comentários do tipo "que nojo"... Mas sexo na novela das 8 não é nojento, e as crianças podem escutar e cantar musicas com apelo sexual que não é nojento.
*ótimo filme, recomendo.
O preconceito e por conseqüência a discriminação, é de longe o que me causa mais revolta e é também o que me traz o maior sentimento de frustração. É fácil saber como é esse sentimento... pergunte para qualquer um que pertença a um destes grupos: gay, negro, nordestino, velho, gordo, muito magro, deficiente físico, pobre, mulher e tantos outros. e ainda dentro destes grupos, seus sub-grupos, como no de gays: travestis, afeminados, barbies, bissexuais, os "fora-do-meio" e por aí vai. É preconceito em cima de preconceito.
Ainda quando estava no colégio, lembro-me de ouvir coisas do tipo: fulaninho é viadinho, vamos bater nele. O Marcelo é gordinho, vamos deixá-lo de fora do time. E as crianças são cruéis. Esse tipo de coisa sempre me incomodou. Hj, no escritório por exemplo, tive que ouvir da estagiária que ela tem nojo de gente com AIDS. Com certeza ela tem esse pensamento pq ouviu dentro da sua casa, ou pq é como aquelas pessoas que vão atrás de tudo que a mídia diz. Milhões de respostas vieram na minha cabeça, mas com certeza ela ficaria chocada. Achei melhor ficar quieta.
Depois de tanto preconceito, surgem livros como aquele que o Thor jah postou a respeito, chamado “Na Terra de Deus e do Homem”, que fala justamente desse antigo pensamento conservador, o que contribuiu para que doenças como AIDS, e tantos outros problemas criassem raízes em nossas vidas, sendo praticamente impossível de serem resolvidos.
Será que nunca vamos conseguir enxergar o próximo sem essa canhestra visão reducionista e preconceituosa? Minha maior indignação, é ver que as novas gerações trazem consigo aquele mesmo ranço discriminatório dos pais e avós. O que fazer em um mundo em que a própria igreja ensina as pessoas a terem preconceitos?
( por favor, não fiquem chocados comigo).
beijos!!

3 comentários:

Anônimo disse...

Ô, lá!

Vejamos:
Gay - Não
Negro - Não
Nordestino - Não
Velho - Não
Gordo - Não
Muito magro - Não
Deficiente físico - Não (Mental, talvez)
Pobre - Não (Mas, quase)
Mulher - Não

E nem a nenhum dos subgrupos. Ou seja, como ainda sou alvo de preconceito? Ora, por generalização: se estuda em Federal é filhinho-de-papai; se tem TV a cabo é burguês; se lê livros é cdf; etc, etc.

Preconceito não é um sentimento ou concepção que venha de modo vertical, é horizontal e afeta a todos e para todos.

Abraços!

Tiago

Dark Side disse...

preconceito vêm ou de ignorância ou de má cração.

E é normal pras pessoas excluirem o diferente das suas vidas por medod e enfrentar.

Iuri disse...

É como dizem : o preconceito é originário da ignorância... Algo realmente lamentável.

bjs