segunda-feira, janeiro 09, 2006

pode haver quem não aguente tanta dureza

"Dançando no Escuro" é com certeza um dos meus filmes prediletos. Mas ao contrário de todos os outros, só é possível assisti-lo apenas 1 vez.
Selma (Björk) é uma imigrante checa, instalada com o seu filho de 12 anos numa pequena cidade dos EUA. Selma tem uma grave deficiência, de origem hereditária, que lhe afeta a visão e que, a prazo, a deixará cega. Por ser hereditária, seu filho sofre da mesma doença.
Apesar da vida de sacrifício que leva, Selma parece ter uma grande força interior que lhe permite sorrir perante as adversidades. Apaixonada por música e dança, sonha acordada com os sons ao seu redor, o que lhe dá forças para seguir adiante.
É inegável a carga dramática do filme, bem como a dureza do sofrimento que retrata. Amizades entre o mesquinho sentimento materialista e o grandioso sentimento da solidariedade.
Selma dizia que gostava de musicais porque neles nada de mau acontecia. Mas a verdade é que a realidade é crua e impiedosa. Era bom que toda a nossa vida fosse um musical, mas não é. Mas se há coisa que este filme nos transmite é que, pelo menos na nossa imaginação, podemos ser felizes, sem limites ou obstáculos.
Recomendo aos amantes de cinema e principalmente para quem não gosta de filmes comerciais.
E uma caixa de lenços de papel.
Enjoy

5 comentários:

Rodrigo Thor disse...

Não vi ainda, né?
mas dizer que em musicais nada de mau acontece é mentira... moulin rouge pra provar...

Rodrigo Thor disse...

é... mas esse filme foi feito antes de Moulin Rouge... e eu não lembro de ter visto outro musical com final triste.

renata disse...

Eu não vi “Dançando no Escuro” e lamento muito por isso, mas segundo a Laura eu nunca conseguirei ver. Ela disse que a câmera se mexe o tempo todo. Eu fico muuuuuuuuuuito enjoada com isso! Já tentei ver outros filmes assim e não consigo! :S

Uma pena! Ele é supercomentado e elogiado. Queria muito ver, mas acho que não chegarei até o final sem acidentes de percurso! :P
Beijos!

Rodrigo Thor disse...

e é isso o q eu mais gosto nela: o fato dela ser fora-da-casa.
E ela ganhou o Cannes de melhor atriz por esse filme.
bjos

Iuri disse...

Com certeza este é um dos filmes mais tristes da história do cinema. Quando a Selma começa a ser dar mal, não tem ninguém quem a ampare. Tri deprê.... E o interessante é que a minha música preferida da "Noviça Rebelde" é utilizada neste filme ("My favourite things")..

bjs